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ç ã o d a t
a p a d a d a a j u da
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Reserva Botânica D. António Xavier Pereira Coutinho .
O Prof. D. Miguel Pereira Coutinho atribuiu-lhe esta designação
pelo facto de aí existirem um elevado número de espécies silvícolas, arborícolas
e ornamentais, e algumas apresentarem exemplares notáveis.
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“(…) O
revestimento vegetal da Tapada, cujo aspecto espontâneo se conserva ainda na
Reserva Natural «D. António Xavier Pereira Coutinho» tem sido enriquecido
pela cultura de muitas plantas (…) de quase todas se encontra material em herbário,
estando também os próprios exemplares principais devidamente etiquetados”.
(Coutinho, 1956, pp.143).
“Quem
a percorre, sobretudo em certas épocas do ano, admirando a vegetação, tem a
impressão de estar em pleno campo, com todos os seus atractivos e incomparável
ambiente e por outro lado, olhando mais longe, goza um panorama surpreendente
sobre Lisboa e arredores, principalmente se subir ao «Miradouro de Salazar».”
(Vasconcelos, 1956).
Em 1951, na
comemoração do 1º centenário do nascimento de D. António Xavier Pereira
Coutinho, o conselho escolar resolveu, “em homenagem a este insigne Professor,
atribuir a uma relíquia de vegetação natural,
existente na Tapada da Ajuda, a designação acima indicada.” (Vasconcelos,
1956). Este professor catedrático destacou-se na Botânica,
deixando um vasto legado que foi e será sempre uma fonte de ensinamentos para
aqueles que o souberem examinar. E como salienta o Prof. Vasconcelos
(1956) “…o nome do grande mestre é-lhe perfeitamente adequado.”
O pequeno
bosque natural encontra-se num outeiro calcário localizado acima do
Pavilhão de Exposições, na zona conhecida por Zambujal das Pedreiras.
Na Reserva Botânica
predominam os zambujeiros (Olea europaea L. var. silvestris Brot.),
acompanhados de microfanerófitoscomo alguns adernos (Phillyrea latifolia Lin.),
sanguinhos das sebes (Rhamnus
alaternus Lin.); nanofanerófitos como piornos amarelos (Retama
sphaerocarpa (Lin.) Bss.), espinheiros pretos (Rhamnus oleoides Lin.
For. latifolia (Lge) P. Cout.), madressilvas caprinas (Lonicera
etrusca Santi.) e muitas outras plantas, sobretudo de menor estatura, caméfitos
como a açafate de prata (Lobularia marítima (L.) Desv.), a joina dos
matos (Ononis natrix L.) e muitas ervas e trepadeiras vivazes,
constituindo um belo conjunto vegetal.
“Deve
notar-se que a acção do homem e a proximidade das culturas têm modificado um
tanto o aspecto natural e mesmo parte da formação está a ser invadida pela Opuntia
vulgaris Miller e pelo Asparagus asparagoides (L.) Wight, duas
plantas exóticas, que encontraram naquele local condições propícias para o
seu desenvolvimento.”
(Pereira, 1995).
É
de salientar que a quase totalidade das plantas que constituem a Reserva Botânica
são da flora mediterrânea, devido à influência dos factores climáticos,
fisiográficos, edáficos e bióticos que condicionam
a distribuição das plantas.
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Tapada
da Ajuda .
Instituto Superior de Agronomia .
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